Jorge Ben e o seu samba-rock místico dançante
O álbum, lançado em 1974, é uma obra-prima com referências místicas apreciáveis
“A Tábua de Esmeralda” de Jorge Ben, lançado em 1974, é considerado uma obra-prima, com referências místicas apreciáveis tanto por amantes de boa música quanto por aqueles interessados no tema.
O disco vai muito além das canções mais conhecidas, como “Os Alquimistas Estão Chegando” e “Menina mulher da pele preta”.
Quer ver? Então, vamos lá!
A faixa “O Homem da Gravata Florida” é uma homenagem a Paracelso, um dos alquimistas mais importantes dos séculos XV-XVI. Ele é considerado por muitos como o pai da homeopatia e é conhecido, em uma referência direta à letra, por usar graciosamente uma echarpe colorida.
“Hermes Trismegisto e a sua celeste Tábua de Esmeralda” apresenta aos ouvintes os princípios da filosofia hermética encontrados na Tábua de Esmeralda, um tratado concebido pelo faraó egípcio Hermes Trismegisto para explicar o funcionamento de todo o universo.
“O Namorado da Viúva” faz referência a Nicolas Flamel, um francês que só pôde se dedicar à alquimia após casar-se com uma viúva rica e desejada, mas temida pelo falecimento de seus dois anteriores maridos. Flamel é considerado o maior alquimista de todos os tempos, sendo responsável pela criação da lendária pedra filosofal.
Em “Errare humanum est”, Jorge Ben conecta Santo Agostinho aos Deuses Astronautas, um livro escrito por Erich von Däniken que explora a possibilidade de nossa origem estar ligada, de alguma forma, à visita de extraterrestres. A influência do patrono da ordem religiosa agostiniana está relacionada ao nome da faixa em questão: A frase completa do título é “Errare humanum est. Perseverare autem diabolicum”, que em português significa “Errar é Humano, permanecer no erro é diabólico”.
Por essas razões e pela excelente fusão de samba-rock com soul e funk, ninguém pode deixar de curtir as 12 músicas que fazem parte deste incrível álbum.
Salve Jorge, Viva o Ben!
