Aposto que você chegou até aqui bem assustado com título deste artigo, certo? Mas calma, este conceito, de certa forma, já é coisa do passado. A NASA foi pioneira neste conceito ainda na década de 60, quando utiliza seus simuladores para testar ao máximo seus sistemas e procedimentos, em uma ampla gama de condições operacionais possíveis. No início dos anos 2000, a abordagem se consolidou no setor de industrial.
Essa fusão de tecnologia digital com IoT, Inteligência Artificial e análise de dados tem se mostrado fundamental para evitar maiores riscos e gerenciar operações com sistemas complexos. Agora, imagine hospitais mais inteligentes cuidando de pessoas com toda esta previsibilidade?
A utilização da tecnologia dos gêmeos digitais – os digital twins – poderá ajudar não só a melhorar o atendimento ao paciente, mas também poderá permitir que os médicos determinem a terapia certa, aumentando também a eficiência hospitalar. Os indivíduos seriam capazes de alimentar seus gêmeos digitais com informações diversas e em tempo real obtidas por wearables, bem como de outras fontes de dados coletados fora do sistema de saúde.
Os prestadores de cuidados que acessarem o gêmeo digital de um paciente teriam informações personalizadas, muito além do que está disponível hoje. Seria muito mais eficaz para um médico tomar suas decisões e, é claro, fazer as recomendações. Os gêmeos digitais ainda não se desenvolveram o suficiente para analisar o corpo humano em sua totalidade, mas foram feitas progressões. Um exemplo vem da empresa de software ‘Dassault’ que lançou ‘Living Heart’, que é o primeiro modelo virtual realista de um órgão humano responsável pelo fluxo sanguíneo, mecânica e eletricidade.
Um dos principais fatores que restringem o crescimento deste mercado é a sensibilidade dos sistemas a vírus e hackers: Os hackers podem obter acesso a dados altamente privados e valiosos.
E se o episódio de Black Mirror relatado neste site parecia algo surreal, imagine: o seu ‘gêmeo digital’, sua cópia virtual alimentada por máquinas inteligentes, ainda poderá estará na nuvem quando você já não estiver mais aqui, neste mundo real.
Seria a vida imitando a arte, ou a arte imitando a nossa vida?
